Há três anos de dois meses estamos morando em um casebre que fica na parte da frente do terreno que alugamos para construir o barco. Confesso que quando vi a casa fiquei assustada, mas me adaptei rapidinho, era tanto trabalho no barco que não dava ou dá tempo para pensar em onde estou praticamente só dormindo. Mas fico envergonhada quando recebo visitas (que são muitas), a casa é bem estrupiadinha!
Compramos a cama em um brechó, a geladeira e fogão foram doação do Edísio, irmão do Fausto, as prateleiras fizemos de tijolo e tábua de madeira, o meu armário de roupas, ganhei de uma colega que estava fechando um bar, é aquele expositor de biscoitos da Elma Chips.
O banheiro eu me recuso a mostrar...
Monsuaba, um bairro de Angra dos Reis onde estamos construindo o barco é um lugar tranquilo, tem um ponto de ônibus praticamente em frente a minha casa. Tem um mercadinho muito bom, o Rodrigo que entrega um maravilhoso queijo Minas todo domingo, uma locadora de vídeo, farmácia, duas lojas de R$ 1,99 (que adoro!), pizzaria, incontáveis barzinhos e uma padaria que para mim, faz o melhor pão francês de Angra dos Reis. Tudo pertinho. Também tem o churrasquinho no espeto que comemos sempre que estou cansada de mais para fazer o jantar. Além dos vendedores de docinhos que vem toda semana me atentarem aqui na porta...
A casa em que morávamos durante a construção no nosso antigo barco o Cat Guruçá, era praticamente uma mansão em comparação a casa em que estamos morando agora, mas tudo era mais difícil, longe (na construção do Cat Guruçá em Macaé, tínhamos que caminhar uns 500 metros para chegar ao ponto de ônibus mais próximo). Morávamos em um bairro que hoje é um dos mais perigosos do município, mas o engraçado é que eu gostava mais de lá do que daqui no aspecto do convívio social. As pessoas eram mais simples, alegres, divertidas, mais fáceis de lidar.
O senhor Pedro, futuro morador da nossa casa, está fazendo uma horta. Já plantou cebolinha, alface, couve, aipim... O problema é que os ben-ti-vis estão comendo a horta toda, já avisei que ele em que fazer um espantalho, mas ele não levou muito a sério não...
Não vejo a hora de nos mudarmos para nossa casa flutuante.
Tudo de Bom a todos!
Guta