Na baixa estação em Barra Grande só funciona o básico: padarria, mercadinho e alguns restaurantes. Um “barco de linha” sai de hora em hora (de segunda a sábado), para Camamú onde têm agências bancárias e mais opções de mercado, lojas náuticas, torno mecânico, solda elétrica etc… Custa R$ 6 por pessoa e demora 2 horas para chegar em Camamú (um passeio). As lanchas que fazem o mesmo percurso em menos tempo cobram mais caro, R$ 25 por pessoa.
O fundeio em frente a vila requer certas restrições: o fundo é muito bom mas também muito raso para barcos com calado até 1,5 metros. O fundeiro deve ser feito pelo menos a 100 metros da praia. Na vazante a corrente chega a 4 nós. O dingue pode ser deixado no píer de embarque e desembarque ou então na praia mesmo que “ninguém bole nele não”. Caso se opte por deixá-lo no píer, deve-se tomar cuidado com o cabo de amarração, pois quando a maré virar, o cabo ficará friccionando no cimento e com o tempo se partirá. Se deixar na praia, deve-se ter cuidado com a amplitude da maré, que aqui chega a 2,5 metros.
Um outro inconveniente é com relação a ondulação que as vezes vem no seu través, fazendo o seu barco pendular com violência. O Guruçá Cat têm uma boca de 8,5m e na 3° noite de fundeio acordei assustado. Achei a princípio que estivesse sendo vítima de um ataque de fúria da Guta contra o meu ronco, mas ela dormia como um anjinho… Em seguida senti uma outra balançada, ainda pior que a anterior, era a “viração”, como é dito aqui, e assim foi a noite toda.
Logo depois que a Guta foi para Vitória, mudei o fundeio para Campinho. Eu também poderia ter fundeado no canal da Ilha do Goió, o fundo é bom, têm menos correnteza, mas o comércio é proibitivo para o nosso bolso…
Em Campinho nós temos amigos de longa data. Têm um mercadinho com bons preços, um barzinho com uma cerveja geladíssima por R$ 3 a garrafa e um PF (prato feito) maravilhoso por R$10. O fundeio pode ser feito próximo da margem, o fundo é muito bom e a correnteza pequena.
Fausto